23.3.11

País Menino

País assim, que chora e faz chorar no colo, nós nele, ele em nós por onde menos o queremos, onde menos falta faz. De brincar e atirar ao ar, upalalá, país bola e cavalinho. Quem é o meu menino? Somos todos polícias e ladrões, corremos uns atrás dos outros, uns dos outros, todos maus, todos bons, todos a fingir sei lá o quê, sabemos lá nós. País pai pátria mãe, filho mimado da gente, a correr sem pernas nos cueiros encardidos de tanto tempo, demasiado tempo. Não mexas no mundo que está cheio de porcarias, não vás para fora que te levam, vem o estrangeiro e rouba-te para longe de ti e de nós, para o tempo deles, para amanhã, não vás, não vás. Não vamos.

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